Diálogos Juventudes e Agroecologia reúne jovens de vários estados para promover a troca de conhecimentos e discutir a permanência no campo
26/10/2016
Por Sara Brito, Centro Sabiá
Cerca de 150 jovens de todas as regiões do Brasil estarão no Recife entre os dias 26 e 28 de outubro para o Seminário Diálogos Juventudes e Agroecologia. As juventudes virão de 18 estados brasileiros para troca de conhecimentos e experiências e para fortalecer as identidades camponesas e pensar como a Agroecologia pode contribuir para a permanência da juventude no campo.
O encontro retoma as discussões da Plenária de Juventudes do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) que teve como mote “Por que interessa à juventude discutir a Agroecologia?”. Esse encontro foi promovido pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), rede que envolve organizações e coletivos de todo o Brasil que repensam a agricultura através da Agroecologia, modo de produção que considera as relações sociais e ambientais.
“Lá na plenária do ENA já debatíamos sobre a necessidade e a importância de se criar um espaço de diálogos para se falar de Juventude dentro da ANA. Esse encontro também tem como proposta pensar estratégias para o fortalecimento da Agroecologia e da construção dos territórios agroecológicos,” diz Janaina Ferraz, assessora para Juventudes do Centro Sabiá, organização que faz parte da ANA e está na organização do encontro.
Serão debatidos estudos que dialogam com a permanência das juventudes no campo a partir do olhar dos/as próprios/as jovens. Além disso, na quinta-feira (27) os/as jovens vão realizar um ato político e cultural no Recife Antigo, para dar visibilidade às pautas das juventudes e da Agroecologia, também denunciando os retrocessos do governo golpista.
Estarão nessa construção movimentos, coletivos e organizações que atuam em diálogo com a Agroecologia no país, como Pastoral da Juventude Rural (PJR), o Levante Popular da Juventude, o MST, a Rede de Grupos de Agroecologia do Brasil (Rega), a Contag, o CETRA, a AS-PTA, além de jovens de populações tradicionais.
Para Janaina Ferraz, o encontro é de extrema importância no contexto em que vivemos de Golpe e perda de direitos. “É uma grande oportunidade de desenvolver ações e estratégias para criar uma unidade na luta, a partir das diferentes organizações e coletivos que vão estar nesse encontro, a partir das suas especificidades,” afirma ela.
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