Pesquisa mostra que a rejeição aos agrotóxicos ganhou a consciência da população

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Una investigación nacional, encargada por la organización Greenpeace, muestra que el rechazo a los plaguicidas en Brasil ganó la conciencia de la población de todas las edades, clases sociales y niveles de educación, tanto en las capitales como en el interior, en todas las regiones del país.
La investigación mostró, entre otros aspectos, que el 82% de los brasileños consideran “muy importante” que los alcaldes y concejales presenten propuestas para ofrecer alimentación escolar sin pesticidas en la red pública de educación.
São Paulo es la única capital brasileña que tiene política de transición para alimentación escolar orgánica, en un periodo de 11 años, en función de una ley de 2015. Porto Alegre acaba de aprobar la ley que obliga al Ejecutivo a comprar el 10% de los alimentos libres de pesticidas por año, hasta alcanzar el 50%.

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Pesquisa nacional do Ibope, encomendada pelo Greenpeace, mostra que a rejeição aos agrotóxicos no Brasil ganhou a consciência da população de todas as faixas etárias, classes sociais e níveis de escolaridade, tanto nas capitais quanto no interior, em todas as regiões do país. A quantidade de agrotóxicos aplicados nas lavouras é “alta” ou “muito alta”, conforme 81% dos brasileiros – especialmente das brasileiras, que mais se ocupam com a alimentação familiar.

Foram realizadas 2.002 entrevistas com a população acima de 16 anos, em 142 municípios do país. A percepção é mais pronunciada no interior (82%) do que nas capitais (79%). E em municípios de até 50 mil habitantes (83%), em relação àqueles com mais de 500 mil habitantes (79%).

Essa percepção é também maior na faixa de renda com mais de cinco salários mínimos (83%), e menor nas pessoas com renda de até um salário (74%). Na região Sudeste (83%) do que na Nordeste (77%). E significativamente mais ampla na faixa etária de 35 a 44 aos (84%) que entre os jovens de 16 a 24 (73%).

“Consideramos que há uma certa homogeneização no modo de perceber o problema”, analisa o cientista político Rafael Cruz, da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace. “A maioria dos jovens ainda não se preocupa em abastecer o domicílio. E a população dos pequenos municípios  tem contato mais direto com os agrotóxicos. Mas o problema está visível para todos os públicos, e segue a tendência atual de cuidados com a saúde”.

Em 2015 o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou um relatório em favor da agroecologia como forma de mitigar e reduzir a incidência de câncer, com repercussão nos grandes telejornais. “Não tem sido fácil esconder o problema”, diz Cruz.

MERENDA COM VENENO

A pesquisa do Ibope mostrou que 82% dos brasileiros consideram “muito importante” que os prefeitos e vereadores apresentem propostas para oferecer merenda escolar sem agrotóxicos na rede pública de ensino. O estudo está sendo apresentado aos candidatos nas cidades onde haverá segundo turno, em particular no Rio de Janeiro.

São Paulo é a única capital brasileira que tem política de transição para merenda escolar orgânica, num período de 11 anos, por lei sancionada em 2015. Porto Alegre acaba de aprovar lei que obriga o Executivo a comprar 10% de alimentos livres de agrotóxicos por ano, até chegar a 50%.

Também no caso da merenda a pesquisa do Ibope não identificou grandes contrastes entre regiões do Brasil, faixa etária, de renda e escolaridade, embora a qualificação de “muito importante” para a merenda escolar sem agrotóxico seja maior entre pessoas com renda superior a 5 salários mínimos (88%) do que para quem ganha até um salário (77%).

“Quando os municípios começam a discutir a alimentação nas escolas, é possível pensar numa transição para um outro sistema de produção agrícola no país”, analisa o cientista político do Greenpeace.

8 BILHÕES DE REFEIÇÕES

Uma estimativa a partir do Censo Escolar 2015 mostra que os 5.570 municípios brasileiros servem cerca de 8 bilhões de refeições por ano em suas redes municipais de ensino.

Segundo a lei 11.947/2009, no mínimo 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação devem ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar.

Em 2014, a prefeitura de São Paulo investiu 8,99% dos seus recursos na aquisição de alimentos diretamente da agricultura familiar. O Rio de Janeiro, nem um centavo. As prefeituras de Belo Horizonte (29,72%) e Porto Alegre (35,96%) atingiram a meta dos 30%

Apenas 3% dos recursos foram usados em 2013-2014 para compra de alimentos orgânicos, segundo relatório do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica.

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Via CONSEA, 14/10/2016

Fonte: Pratos Limpos  (http://pratoslimpos.org.br/?p=8479)

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